Você já passou 45 minutos olhando para um cardápio e acabou pedindo o mesmo hambúrguer de sempre porque a pressão para experimentar algo novo era muita?
Ou passou semanas escolhendo uma agenda para "colocar sua vida em ordem" e depois a esqueceu em uma gaveta porque não conseguia decidir qual caneta usar?
Esse é o jogo que jogamos quando ficamos obcecados com cada pequena escolha.
Não é produtividade.
Quanto mais tempo você gasta tentando tomar a decisão "perfeita", menos satisfatória essa decisão parece. Quando você termina de pensar demais, está cansado demais para sequer aproveitar a maldita coisa.
A solução não é pesquisar mais ou tentar encontrar "aquele cara". É parar de se importar com a perfeição.
É abraçar algo chamado satisfação.
Satisfazer é tomar uma decisão que seja “boa o suficiente” e seguir em frente.
Não se trata de se contentar com a mediocridade, mas perceber que perseguir a perfeição é como tentar pegar uma nuvem: você perderá muito tempo e ainda acabará de mãos vazias.
Herbert A. Simon , um psicólogo cognitivo e economista, cunhou o termo. Provavelmente enquanto balançava a cabeça para pessoas como nós que passam três horas lendo avaliações da Amazon para uma torradeira.
E adivinha? A ciência comprova isso:
O Paradoxo da Escolha : Mais opções não nos deixam mais felizes. Elas nos deixam ansiosos, indecisos e muito mais propensos a nos arrepender de qualquer coisa que finalmente escolhermos.
O Experimento da Geleia : Pessoas que tinham seis tipos de geleia para escolher eram muito mais felizes (e mais decididas) do que pessoas que tinham 24 opções. Acontece que o cérebro humano entra em curto-circuito quando tem muitas opções.
Então, se você está se afogando em decisões, a satisfação é seu salva-vidas.
Aqui está um plano de 3 etapas para você parar de pensar demais e começar a tomar decisões como uma pessoa sã:
Corte as escolhas
Mantenha suas opções abaixo de 6. Mais do que isso e você estará se preparando para uma espiral de indecisão.
Seja escolhendo uma frigideira, um laptop ou uma ideia para um encontro, quanto menos opções, melhor.
Defina um cronômetro
As decisões não precisam levar uma eternidade.
Pequenas decisões (como qual par de meias comprar): 5 minutos.
Decisões maiores (como qual carro comprar): uma tarde
Quando o cronômetro disparar, escolha algo e não olhe para trás.
Concentre-se no que realmente importa
Pare de comparar as letras miúdas. Identifique as 2-3 principais coisas com as quais você se importa e ignore o resto.
Exemplo: Vai comprar um laptop? Foque na duração da bateria, peso e preço. Não perca tempo debatendo se ele vem em ouro rosa ou cinza espacial.
Porque ficar obcecado pela escolha “perfeita” é apenas medo disfarçado.
Você não está tentando encontrar o melhor restaurante. Você está tentando evitar arrependimentos. Você não está procurando o emprego perfeito. Você tem medo de cometer um erro.
Mas aqui está a questão: Você cometerá erros. E eles não vão te matar.
Feito bate perfeito. Toda. Vez. Única.
Quando comecei a escrever, passei semanas — literalmente semanas — pesquisando as ferramentas “perfeitas”.
Qual aplicativo devo usar? Qual é a melhor caneta para anotar ideias? Devo comprar uma mesa de pé ou uma sentada? (Não comprei nenhuma e só escrevi no sofá.)
Enquanto isso, eu não estava realmente escrevendo. Eu estava apenas me preparando para escrever, o que é uma maneira elegante de dizer que eu estava procrastinando.
Por fim, desisti. Abri um Google Doc em branco. Comecei a digitar.
Aqueles primeiros rascunhos eram lixo. Mas sabe de uma coisa? Rascunhos lixo superam rascunhos inexistentes.
A satisfação me salvou de mim mesmo.
Há uma história famosa sobre uma aula de cerâmica. O professor dividiu os alunos em dois grupos. Um grupo foi avaliado pela quantidade — apenas fazer o máximo de potes possível. O outro foi avaliado pela qualidade — eles só tinham que fazer um pote, mas ele tinha que ser perfeito.
Adivinhe qual grupo acabou fazendo os melhores potes?
O grupo de quantidade .
Por que?
Porque eles realmente fizeram o trabalho. Eles experimentaram, falharam, aprenderam e melhoraram. O grupo de qualidade?
Eles passaram o tempo todo teorizando sobre a perfeição em vez de sujar as mãos.
Essa é a questão sobre o perfeccionismo: ele não leva ao progresso. Ele leva à paralisia.
Os pintores que pintam, os escritores que escrevem, os criadores que criam — essas são as pessoas que vencem. Não porque foram perfeitas na primeira tentativa, mas porque continuaram tentando .
Satisfação não é só economizar tempo. É criar momentum. Momentum que leva à ação. Ação que leva à maestria.
Pare de esperar pela perfeição. Comece a fazer potes.
Até a próxima,
Bem